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Na noite desta terça-feira (22), o Vasco da Gama empatou em 0 a 0 com o Lanús, da Argentina, em partida válida pela terceira rodada do Grupo G da Copa Sul-Americana, realizada em São Januário. O resultado, embora tenha mantido o Cruz-Maltino vivo na competição, expôs as limitações do elenco e a necessidade de buscar pontos fora de casa para garantir a liderança do grupo e evitar o playoff contra um time eliminado da Libertadores.
Situação no Grupo G
Com o empate, Vasco e Lanús somam cinco pontos cada, mas os argentinos lideram o grupo devido ao saldo de gols superior. Para avançar diretamente às oitavas de final, o Vasco precisa vencer o único jogo restante em São Januário, contra o Melgar, e conquistar pontos nos confrontos fora de casa contra o Puerto Cabello, na Venezuela, e o próprio Lanús, em Buenos Aires.
A diferença entre classificar em primeiro ou segundo no grupo é significativa. O segundo colocado enfrenta um time eliminado da Libertadores em um playoff antes de chegar às oitavas de final. Uma vitória simples nesta terça teria colocado o Vasco em uma posição mais confortável, dispensando cálculos e cenários complexos.
Desgaste físico e elenco curto
O empate com o Lanús foi o oitavo jogo do Vasco em apenas 23 dias, desde a estreia no Brasileirão contra o Santos, no dia 30 de março. A sequência de partidas, incluindo viagens para o Peru e Fortaleza, cobrou seu preço. Mesmo com a decisão de poupar alguns jogadores contra o Corinthians, o desgaste físico foi evidente.
Além disso, o Vasco enfrentou desfalques importantes, como Maurício Lemos, que se recupera de uma fratura na costela, e Tchê Tchê, ausente por questões familiares. A ausência de opções no banco de reservas também foi um problema, especialmente para mudanças ofensivas. Jogadores como Adson, acionado no segundo tempo, não conseguiram impactar o jogo.
Como foi o jogo
O Vasco começou a partida com dificuldades para se adaptar ao estilo de jogo do Lanús, que controlou os primeiros minutos com marcação intensa e aproveitou bolas paradas para ganhar tempo. A melhor chance dos argentinos veio aos cinco minutos, com um chute de Marcich na trave de Léo Jardim. O Cruz-Maltino, por sua vez, teve dificuldades para criar jogadas tanto pelas pontas quanto pelo meio congestionado.
No segundo tempo, o Vasco tentou acelerar o ritmo e criar oportunidades, mas o cansaço ficou evidente. Sem dois dos seus jogadores mais técnicos e criativos, Coutinho e Nuno Moreira, que saíram durante a etapa final, o time perdeu força ofensiva. A exceção foi uma jogada pela esquerda, em que Paulinho finalizou de fora da área e quase marcou.
Apesar das limitações, o sistema defensivo do Vasco funcionou bem, com destaques para João Victor, Paulo Henrique e Hugo Moura. No entanto, o ataque, liderado por Vegetti, não conseguiu produzir o suficiente para balançar as redes.
Próximos desafios
O Vasco volta a campo no domingo (27), às 18h30, para enfrentar o Cruzeiro, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, no Estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia. Pela Sul-Americana, o próximo compromisso será no dia 7 de maio, contra o Puerto Cabello, na Venezuela.
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