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STJD abre inquérito para investigar Bruno Henrique, do Flamengo, por suposta manipulação de resultados

Reprodução/Flamengo

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O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) abriu um inquérito para investigar o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suspeita de manipulação de resultados em partidas do Campeonato Brasileiro de 2023. A decisão foi tomada pelo presidente do tribunal, Luís Otávio Veríssimo Teixeira, após o recebimento de provas compartilhadas pela Polícia Federal, que já havia indiciado o jogador no mês passado.

Entenda a investigação

Bruno Henrique é acusado de forçar um cartão amarelo durante um jogo contra o Santos, no Brasileirão de 2023, supostamente para beneficiar apostadores, incluindo seu próprio irmão, Wander Nunes Pinto Júnior. Segundo as investigações, Wander teria sido previamente informado sobre a advertência e realizado apostas no lance, o que configura uma possível fraude esportiva.

O STJD nomeou o auditor Maxwell Borges de Moura Vieira para conduzir o inquérito, que terá um prazo inicial de 15 dias, podendo ser prorrogado por mais 15 dias. O jogador pode ser enquadrado no artigo 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de manipulação de resultados, com pena prevista de seis meses a dois anos de suspensão.

Bruno Henrique segue ativo no Flamengo

Apesar da abertura do inquérito, Bruno Henrique não foi suspenso preventivamente e segue à disposição do técnico Filipe Luís para os próximos compromissos do Flamengo. O clube rubro-negro se ampara na presunção de inocência e aguarda o desfecho do processo antes de tomar qualquer medida disciplinar contra o jogador.

Desde o indiciamento pela Polícia Federal, Bruno Henrique já atuou em seis partidas, sendo três como titular e três saindo do banco. O Flamengo volta a campo no próximo sábado (10), às 21h (de Brasília), contra o Bahia, no Maracanã, pelo Brasileirão.

Possíveis consequências

Caso seja condenado, Bruno Henrique pode enfrentar suspensão de até 360 dias no âmbito esportivo e, na esfera criminal, pode ser enquadrado por fraude e estelionato, crimes que possuem penas que variam de dois a seis anos de prisão.

Além do atacante, outras dez pessoas foram indiciadas na investigação, incluindo familiares do jogador. A Polícia Federal analisou 3.989 conversas no celular de Bruno Henrique, e encontrou mensagens comprometedoras no aparelho de seu irmão, que indicariam um possível envolvimento do atleta no esquema de apostas.

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