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O Corinthians vive uma verdadeira corrida contra o tempo para garantir a presença de sua torcida em peso na Neo Química Arena na retomada do Campeonato Brasileiro 2025, marcada para o dia 13 de julho, contra o Red Bull Bragantino.
Desde o último domingo (15 de junho), passou a vigorar a obrigatoriedade do uso de sistema de reconhecimento facial em estádios com capacidade superior a 20 mil pessoas, conforme determina a Lei Geral do Esporte.
Sem a tecnologia plenamente instalada, o clube foi alertado por autoridades de que poderá ser obrigado a atuar com capacidade reduzida, limitada a menos de 20 mil torcedores, caso não cumpra os requisitos exigidos.
Reuniões com autoridades e plano emergencial
Nos últimos dias, dirigentes do Corinthians se reuniram com representantes da Polícia Militar e do Ministério Público de São Paulo, órgãos responsáveis por fiscalizar e liberar o funcionamento dos estádios. O clube apresentou um cronograma de implantação gradual do sistema de reconhecimento facial, que prevê a instalação de 145 novas catracas com tecnologia biométrica e o cadastro facial dos sócios-torcedores.
A diretoria explicou que o atraso na implementação se deve a decisões da antiga gestão e à troca de comando ocorrida no início de junho, quando Osmar Stabile assumiu a presidência no lugar de Augusto Melo. Além disso, o clube rompeu contrato com a empresa Bepass, responsável pelo projeto inicial, e firmou nova parceria com a Ligatech, especializada em soluções de controle de acesso.
Capacidade ameaçada e prejuízo esportivo e financeiro
Apesar do esforço, o Corinthians admite que não conseguirá concluir a instalação total do sistema até a data da reestreia no Brasileirão. Por isso, trabalha com duas alternativas para evitar a limitação de público:
- Solicitar a ampliação do prazo de adequação por mais três meses.
- Convencer as autoridades de que o cadastro biométrico dos torcedores já é suficiente, mesmo que o sistema ainda não esteja ativo nas catracas.
Internamente, há preocupação com o impacto esportivo e financeiro de jogar com público reduzido. A Neo Química Arena tem capacidade para cerca de 49 mil pessoas, e uma limitação drástica pode comprometer a receita de bilheteria e o apoio da torcida em um momento decisivo da temporada.
Mobilização da torcida e desafios logísticos
Para acelerar o processo, o clube dobrou o número de funcionários dedicados ao atendimento dos sócios-torcedores e lançou uma campanha para incentivar o cadastro facial. Desde segunda-feira (17 de junho), o sistema está disponível para os torcedores realizarem o procedimento online ou presencialmente.
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