Reprodução/Liverpool
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A morte trágica de Diogo Jota, aos 28 anos, em um acidente de carro na Espanha, ao lado do irmão André Silva, comoveu o mundo do futebol. Mas um detalhe revelado nesta sexta-feira (4) adicionou ainda mais emoção à despedida do atacante: o presidente do FC Porto, André Villas-Boas, revelou que o clube estava em negociações para repatriar o jogador a partir da temporada 2026/27. Segundo o dirigente, o retorno de Jota ao Estádio do Dragão era um desejo antigo e vinha sendo articulado com o empresário Jorge Mendes.
“Estávamos a trabalhar com o Jorge Mendes para o regresso do Diogo Jota ao FC Porto a partir de 2026/2027. Fiz questão de transmitir essa possibilidade ao Diogo, através do Jorge, no seu casamento. Era um sonho para todos os portistas que isso tivesse acontecido”, declarou Villas-Boas, visivelmente emocionado, durante o velório em Gondomar.
Diogo Jota e o FC Porto: uma história de uma temporada que marcou
Diogo Jota vestiu a camisa do Porto na temporada 2016/17, emprestado pelo Atlético de Madrid. Mesmo com apenas um ano no clube, deixou sua marca: foram 9 gols e 4 assistências em 34 partidas, além de atuações decisivas em clássicos e competições europeias.
Sua passagem pelo Dragão foi fundamental para projetá-lo no cenário internacional. Após o Porto, Jota se transferiu para o Wolverhampton, onde brilhou na Premier League, e em 2020 foi contratado pelo Liverpool, clube com o qual conquistou a Premier League, duas Copas da Liga e uma Copa da Inglaterra.
Negociação em andamento e planos para o futuro
O retorno de Jota ao Porto estava sendo planejado para coincidir com o fim de seu contrato com o Liverpool, válido até junho de 2027. Villas-Boas revelou que as conversas com Jorge Mendes estavam em estágio inicial, mas o projeto era ambicioso: trazer de volta um ídolo em plena forma para liderar uma nova geração de talentos no clube.
“Era mais do que uma contratação. Era um reencontro com a nossa identidade. Diogo sempre foi um símbolo de humildade, talento e profissionalismo. Tê-lo de volta seria um presente para a torcida”, completou o presidente.
Tragédia interrompe sonho e gera comoção
A revelação do presidente do Porto veio durante o velório de Diogo Jota e André Silva, realizado na Igreja de São Cosme, em Gondomar, cidade natal dos irmãos. O funeral está marcado para este sábado (5), às 10h (horário local).
A cerimônia tem reunido familiares, amigos, torcedores e autoridades, incluindo o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, e o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Jota e André morreram na madrugada de quinta-feira (3), quando o Lamborghini Huracán em que viajavam saiu da pista na rodovia A-52, na província de Zamora, na Espanha, e pegou fogo. A principal suspeita é de que um dos pneus tenha estourado durante uma ultrapassagem.
Repercussão internacional e homenagens
A notícia da morte de Jota gerou uma onda de homenagens ao redor do mundo.
O Liverpool anunciou a aposentadoria da camisa 20, usada pelo jogador desde sua chegada ao clube.
Em Anfield, torcedores deixaram flores, cachecóis e mensagens emocionadas. A Federação Portuguesa de Futebol decretou luto oficial e organizou um minuto de silêncio em todas as partidas do fim de semana.
No Estádio do Dragão, o Porto hasteou bandeiras a meio mastro e exibiu imagens de Jota nos telões. “Ele não era sócio, mas tornou-se hoje”, disse Villas-Boas, em gesto simbólico de homenagem ao atacante.
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