Foto: PCPR
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A Polícia Civil de quatro estados brasileiros deflagrou nesta terça-feira (24 de junho) a Operação Falso 9, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em aplicar golpes financeiros contra jogadores da Série A do Campeonato Brasileiro.
Entre as vítimas confirmadas estão o atacante Gabriel Barbosa (Gabigol), atualmente no Cruzeiro, e o zagueiro Walter Kannemann, do Grêmio.
Como funcionava o esquema
Segundo as investigações, o grupo utilizava documentos falsificados para abrir contas bancárias em nome dos atletas. Em seguida, solicitava a portabilidade dos salários para essas contas fraudulentas. Assim que os valores eram transferidos, os criminosos realizavam saques, compras e transferências rápidas, dificultando o rastreamento e a recuperação dos recursos.
Apenas de Gabigol, os golpistas teriam desviado cerca de R$ 938 mil. No total, o grupo movimentou mais de R$ 1,2 milhão, segundo a Polícia Civil do Paraná.
Mandados e prisões
A operação contou com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública e foi realizada simultaneamente em Curitiba e Almirante Tamandaré (PR), Porto Velho (RO), Cuiabá (MT) e Lábrea (AM). Foram cumpridos 33 mandados judiciais, sendo 11 de prisão e 22 de busca e apreensão.
Em Curitiba, o suposto líder da quadrilha foi preso no bairro Alto. Outro suspeito foi detido no bairro Atuba, com documentos falsos e celulares contendo dados das vítimas.
Crimes investigados
Os envolvidos podem responder por:
- Estelionato eletrônico
- Falsidade ideológica
- Lavagem de dinheiro
- Associação criminosa
A operação foi batizada de “Falso 9” em alusão à posição tática no futebol que simboliza movimentação dissimulada, refletindo o modo de atuação dos criminosos.
Repercussão e próximos passos
As instituições financeiras envolvidas detectaram as fraudes e ressarciram os jogadores, que não tinham conhecimento prévio do golpe. Até o momento, R$ 135 mil foram recuperados pelas autoridades.
Gabigol e Kannemann ainda não se pronunciaram publicamente sobre o caso. A investigação segue em andamento, e novas vítimas podem ser identificadas.
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