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Laudo contratado pelo Palmeiras aponta injúria racial contra segurança do clube

Reprodução/TV Globo

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Um laudo pericial contratado pelo Palmeiras revelou que o vice-prefeito de São José do Rio Preto, Fábio Marcondes (PL), teria chamado um segurança do clube de “macaco” durante uma confusão após o jogo contra o Mirassol, pelo Campeonato Paulista, no dia 23 de fevereiro.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo como injúria racial, e o documento pode ser peça-chave no inquérito.

Detalhes da perícia e análise do áudio

O laudo, elaborado por um instituto de perícias de Curitiba, analisou um vídeo gravado por uma equipe de reportagem da TV TEM, que registrou o momento da briga. Segundo o documento de 21 páginas, a perícia identificou a formação do ataque silábico e nasalização da consoante “m”, confirmando que a palavra pronunciada por Marcondes foi “macaco”.

Nas imagens, o vice-prefeito aparece xingando o segurança de “lixo”. Em seguida, quando está de costas para a câmera, um grito é ouvido, e um dos seguranças reage imediatamente dizendo “Racismo, não”.

A análise fonética do instituto concluiu que o áudio não sofreu edições que pudessem alterar a fala do político.

Investigação e contradições

Inicialmente, um laudo do Instituto de Criminalística de São Paulo havia apontado que a palavra dita por Marcondes teria sido “paca”, e não “macaco”. No entanto, após uma nova solicitação da Polícia Civil de Rio Preto, um exame complementar foi realizado, reforçando a suspeita de injúria racial.

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Divulgação

O vice-prefeito negou as acusações em depoimento à polícia e afirmou que não cometeu racismo. Além dele, 11 testemunhas foram ouvidas no inquérito, incluindo funcionários do Palmeiras e pessoas que estavam próximas ao local do incidente.

Próximos passos da investigação

A perícia complementar deve ser uma das últimas etapas do inquérito. Caso não haja novas diligências, a Polícia Civil encaminhará os autos para a Justiça de Mirassol, com apreciação também do Ministério Público.

Se condenado, Fábio Marcondes pode responder por injúria racial, crime previsto no Código Penal Brasileiro, com pena de dois a cinco anos de prisão. Além disso, o caso pode gerar repercussões políticas, já que o vice-prefeito ocupa um cargo público e pode enfrentar sanções administrativas.

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