Juventude se reapresenta com elenco reformulado

O Juventude se reapresentou nesta segunda-feira (23 de junho) no Centro de Treinamento em Caxias do Sul com um elenco bastante modificado e sob grande expectativa por reforços. Após duas semanas de férias concedidas durante a paralisação do Campeonato Brasileiro, o clube inicia uma espécie de “intertemporada” com foco total na retomada da Série A, marcada para o dia 14 de julho, contra o Sport, no Alfredo Jaconi.

Reformulação em andamento: saídas e chegadas

Desde o início do mês, nove jogadores deixaram o elenco, incluindo nomes como o meia Jean Carlos, negociado com o Criciúma, e os atacantes Petterson e Maurício Garcez, que retornaram a seus clubes de origem e foram emprestados ao Paysandu. Outros atletas, como o zagueiro Abner e o volante Caíque, ainda podem sair — o primeiro tem sondagens do exterior, e o segundo negocia com o Grêmio e recebeu proposta de um clube árabe.

Do lado das chegadas, o clube mantém sigilo, mas negociações estão avançadas com o lateral-esquerdo Marcelo Hermes, do Criciúma, e o volante Hudson, da Portuguesa. A expectativa é que até sete reforços sejam contratados durante a pausa, embora o clube enfrente dificuldades financeiras e um mercado inflacionado, segundo o vice de futebol Almir Adami.

Treinos físicos, jogos-treino e foco na reação

O técnico Cláudio Tencati, que assumiu o comando recentemente, terá agora seu primeiro período completo de trabalho com o grupo. Os primeiros dias serão voltados ao recondicionamento físico, seguidos por jogos-treino e atividades técnico-táticas. A ideia é ajustar o time para reagir no Brasileirão, onde o Juventude ocupa a 19ª colocação, com apenas oito pontos em 11 rodadas.

Mercado limitado e teto salarial baixo

O Juventude tem um dos menores orçamentos da Série A, com receita anual pouco acima de R$ 100 milhões. O clube não consegue competir com salários médios da elite nacional, que giram entre R$ 350 mil e R$ 500 mil. Além disso, enfrenta entraves como luvas altas, valores de empréstimos e exigências de empresários, o que dificulta ainda mais as negociações.