Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou, nesta quinta-feira (15 de maio), o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão foi assinada pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, da 19ª Câmara Cível, e também destitui toda a diretoria da entidade. O magistrado nomeou Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da CBF, como interventor, com a missão de convocar novas eleições para o comando da confederação.
Motivos do afastamento
A decisão judicial anulou um acordo firmado entre dirigentes da CBF, que havia sido homologado anteriormente pela Justiça. O desembargador apontou incapacidade mental e possível falsificação da assinatura de um dos signatários do documento, o ex-presidente da CBF, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes. Segundo a investigação, há suspeitas de que a assinatura de Nunes tenha sido falsificada para validar o acordo que manteve Ednaldo Rodrigues no cargo.
O caso voltou ao TJ-RJ após uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, no dia 7 de maio. O magistrado negou o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues, mas determinou que o tribunal fluminense realizasse uma apuração urgente dos fatos narrados nas petições.
Fernando Sarney assume como interventor
Com a saída de Ednaldo Rodrigues, o vice-presidente Fernando Sarney foi nomeado interventor e terá a responsabilidade de convocar novas eleições para a presidência da CBF. Sarney, que faz parte da oposição a Ednaldo, não integrou a chapa da reeleição do presidente, realizada por aclamação em 24 de março. Seu mandato como vice-presidente vai até março de 2026, mas agora ele assume temporariamente o comando da entidade.
Esta é a segunda vez que o TJ-RJ determina o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. A primeira ocorreu em dezembro de 2023, mas o dirigente conseguiu retornar ao cargo um mês depois, por meio de uma decisão do STF.
Futebol brasileiro
O afastamento de Ednaldo Rodrigues acontece em um momento crucial para o futebol brasileiro. Nos últimos dias, o ex-presidente da CBF anunciou a contratação do técnico Carlo Ancelotti para comandar a Seleção Brasileira, antecipando-se ao Real Madrid, clube que ainda não oficializou a saída do treinador. A decisão de afastamento pode gerar instabilidade na confederação e afetar o planejamento da seleção para os próximos desafios, incluindo as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
Além disso, a crise na CBF levanta questionamentos sobre a governança e transparência na entidade, que já enfrentou diversas disputas judiciais nos últimos anos. A convocação de novas eleições pode representar uma oportunidade para mudanças estruturais na administração do futebol brasileiro.
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