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Intimação de Augusto Melo: o caso VaideBet e suas implicações no Corinthians

Foto: Jose Manoel Idalgo/Corinthians

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A recente intimação de Augusto Melo, presidente do Corinthians e de dois ex-diretores do clube, Marcelo Mariano e Sérgio Moura, trouxe à tona um dos casos mais polêmicos envolvendo o clube paulista nos últimos anos.

A investigação, conduzida pela Polícia Civil de São Paulo em parceria com o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), apura suspeitas de lavagem de dinheiro relacionadas ao contrato de patrocínio firmado entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet.

O Contrato com a VaideBet e as Suspeitas de Irregularidades

O contrato, assinado em janeiro de 2024, previa um investimento de R$ 370 milhões até 2026. No entanto, em junho de 2024, o acordo foi rescindido unilateralmente pela VaideBet após a descoberta de irregularidades.

A investigação revelou que parte da comissão do contrato foi repassada a uma empresa fantasma, a Neoway Soluções Integradas, que teria vínculos com outras empresas de fachada. A intermediária Rede Social Media Design também está sob escrutínio, suspeita de transferir R$ 900 mil à Neoway.

As Intimações e o Andamento do Caso

Mais de 20 pessoas já foram ouvidas no inquérito, que começou em maio de 2024. As oitivas de Augusto Melo e dos ex-diretores estão marcadas para os dias 14, 15 e 16 de abril de 2025. Marcelo Mariano será o primeiro a depor, seguido por Sérgio Moura, e, por fim, Augusto Melo.

A Polícia Civil acredita que o caso está próximo de um desfecho, com possíveis encaminhamentos ao Ministério Público para indiciamento ou arquivamento.

Impactos no Corinthians e na Gestão de Augusto Melo

O caso VaideBet gerou turbulências internas no Corinthians, com o Conselho Deliberativo do clube iniciando um processo de destituição de Augusto Melo. Caso o impeachment seja aprovado, o primeiro vice-presidente, Osmar Stábile, assumirá temporariamente a presidência até a realização de uma Assembleia Geral com os associados do clube.

Além disso, o caso trouxe à tona questões sobre a transparência e a governança no futebol brasileiro, levantando debates sobre a regulamentação de contratos de patrocínio e a relação entre clubes e casas de apostas.

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