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O Flamengo deu um passo importante rumo à construção de seu tão aguardado estádio ao contratar três empresas especializadas para realizar estudos técnicos no terreno do Gasômetro, localizado em São Cristóvão, no Centro do Rio de Janeiro.
Os trabalhos, que têm início marcado para a próxima segunda-feira (21), devem durar cerca de seis meses e visam reunir informações fundamentais para embasar o projeto arquitetônico apresentado pela Arena Events + Venues, responsável pelo conceito inicial da arena.
Análises técnicas e objetivos do estudo
Os estudos serão coordenados pela Arena Events + Venues e divididos em quatro aspectos principais, com destaque para a análise da contaminação do solo, considerada a etapa mais complexa. A empresa Aecom será responsável por conduzir a investigação ambiental, atualizar a avaliação de riscos e definir a estratégia de descontaminação. Além disso, a Aecom levantará os custos e prazos necessários para a execução da remediação do terreno.
A Soloteste, por sua vez, atuará no levantamento de dados geotécnicos, subsidiando os cálculos estruturais e refinando os custos das fundações do estádio. Já a JDS ficará encarregada das análises topográficas, refinando as características planialtimétricas e avaliando o impacto sobre a vegetação. A empresa também identificará eventuais ações de remediação e compensação ambiental exigidas pelos órgãos competentes.
Planejamento e expectativas
Com os dados obtidos a partir dos estudos, o Flamengo terá uma base técnica sólida para refinar diversas definições do projeto, incluindo prazos, custos e necessidades específicas. O clube espera que as análises contribuam para um planejamento alinhado às condições do terreno, minimizando riscos e imprevistos durante a construção.
O terreno do Gasômetro, adquirido pelo Flamengo em julho de 2024 por R$ 146 milhões, possui cerca de 86 mil metros quadrados e foi desapropriado pela Prefeitura do Rio de Janeiro. A gestão anterior, liderada por Rodolfo Landim, havia estimado o custo da obra em R$ 1,9 bilhão, mas a atual administração, comandada por Luiz Eduardo Baptista, acredita que o valor pode chegar a R$ 3 bilhões.
Impacto ambiental e apoio da prefeitura
A descontaminação do terreno é um dos pontos mais críticos do projeto, e o prefeito Eduardo Paes se comprometeu a arcar com os custos dessa etapa. O Flamengo apresentará os números detalhados para a prefeitura, que avaliará as ações necessárias para garantir a viabilidade ambiental da construção.
Além disso, o clube está atento às exigências dos órgãos competentes em relação à compensação ambiental, buscando soluções que minimizem o impacto da obra na região. A área do Gasômetro, que já foi utilizada como depósito de gás, requer cuidados especiais para garantir a segurança e a sustentabilidade do projeto.
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