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A Fifa enfrenta um impasse fiscal que pode impactar diretamente os clubes participantes do Mundial de Clubes 2025, programado para ocorrer nos Estados Unidos entre junho e julho. Apesar das negociações em andamento com autoridades americanas, a entidade ainda não conseguiu garantir isenções fiscais para os times estrangeiros, o que pode resultar em custos elevados com impostos estaduais e federais.
A situação contrasta com a Copa do Mundo de 2026, que já conta com acordos tributários favoráveis.
O impacto financeiro para os clubes
O Mundial de Clubes 2025 promete uma premiação histórica de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,8 bilhões), com até US$ 125,8 milhões (aproximadamente R$ 730 milhões) destinados ao campeão. No entanto, a ausência de isenções fiscais pode obrigar os clubes a arcar com dezenas de milhões de dólares em impostos nos EUA, além dos tributos já devidos em seus países de origem. Essa situação pode reduzir significativamente a receita líquida das equipes, especialmente aquelas que atuarem em estados com altas alíquotas.
Nos Estados Unidos, as taxas de imposto variam de acordo com o estado. Enquanto locais como a Flórida, que receberá jogos em Miami e Orlando, não possuem imposto de renda estadual, outros estados, como a Califórnia, aplicam alíquotas de até 7%. Clubes como o Paris Saint-Germain, que disputará partidas em Los Angeles, podem estar entre os mais prejudicados.
Diferenças entre tratados tributários
Outro ponto de tensão envolve os tratados de dupla tributação, que evitam que empresas e pessoas físicas sejam tributadas duas vezes sobre seus rendimentos. Embora o governo federal americano reconheça esses acordos, alguns estados se recusam a acatá-los, criando distorções que podem afetar os clubes de forma desigual.
A Fifa busca uma solução que garanta tratamento fiscal justo e equilibrado para todos os participantes.
Negociações e postura da Fifa
Nos bastidores, a Fifa demonstra otimismo em relação à resolução do impasse. O presidente intensificou o diálogo com autoridades americanas nas últimas semanas, incluindo reuniões com o presidente Donald Trump e visitas ao FBI.
Apesar disso, a entidade ainda não conseguiu replicar os benefícios fiscais obtidos para a Copa do Mundo de 2026, que foi planejada com maior antecedência.
A organização do Mundial de Clubes enfrenta desafios adicionais devido ao cronograma apertado. As 12 cidades-sede foram confirmadas em setembro de 2024, menos de nove meses antes do início da competição, dificultando a conquista de acordos tributários similares aos da Copa do Mundo.
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