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Federação Paulista interdita Arena Barueri e Leila Pereira vê retaliação política

Reprodução/X

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A Federação Paulista de Futebol (FPF) determinou a interdição da Arena Barueri para jogos organizados pela entidade estadual, alegando que o estádio passa por reformas estruturais que impossibilitam a realização de partidas com público2. A decisão gerou forte repercussão nos bastidores do futebol paulista, especialmente no Palmeiras, que utiliza o local como alternativa ao Allianz Parque. A presidente do clube, Leila Pereira, vê a medida como uma retaliação política, após não apoiar a candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos, mandatário da FPF, à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Motivos da interdição e justificativa da FPF

A portaria assinada pela Diretora de Segurança, Infraestrutura e VAR da FPF, Marina Tranchitella, informa que a Arena Barueri está vetada para jogos organizados pela entidade devido às reformas em andamento. Segundo o documento, as obras impossibilitam a presença de público, o que contraria o Regulamento Geral de Competições, que não permite partidas sem torcida.

A decisão afeta diretamente o Palmeiras, que já mandou três jogos no estádio em 2025, além de utilizar o espaço para partidas das equipes sub-20 masculina e feminina, além do time feminino principal. No último mês, a Arena Barueri recebeu clássicos contra São Paulo e Corinthians, sendo este último com recorde de público.

Leila Pereira vê retaliação política

Nos bastidores, Leila Pereira considera a interdição uma retaliação política por parte da FPF2. A presidente do Palmeiras declarou apoio a Samir Xaud, candidato à presidência da CBF, que conseguiu o apoio de 25 federações estaduais, inviabilizando a candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos. O Palmeiras foi um dos dez clubes que assinaram documento apoiando Xaud, contrariando a expectativa de Bastos, que buscava consolidar sua candidatura.

A Crefipar, empresa do grupo de Leila Pereira, é a concessionária da Arena Barueri, e a dirigente entende que a interdição do estádio é uma forma de retaliação por sua posição na eleição da CBF. Oficialmente, a mandatária alviverde ainda não se pronunciou sobre o tema, mas deve falar sobre o assunto no próximo domingo (25 de maio), durante o pleito presidencial da entidade nacional.

Jurídico do Palmeiras estuda reverter decisão

Diante da interdição, o departamento jurídico do Palmeiras está analisando o caso e pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para tentar reverter a proibição. A diretoria alviverde busca esclarecer se há exigências específicas que a administração da Arena Barueri precisa cumprir para que o estádio seja liberado novamente.

A FPF, por sua vez, afirma que recebeu um ofício do Palmeiras no dia 16 de maio, informando que o estádio passaria por obras e não poderia receber público até o fim de junho. A entidade justifica que, por conta do regulamento, a interdição foi necessária, já que partidas sem torcida não são permitidas em seus torneio.

Próximos passos

A decisão da FPF afeta diretamente o planejamento do Palmeiras, que precisará encontrar alternativas para os jogos das categorias de base e do time feminino. No momento, o clube não tem mais partidas organizadas pela entidade estadual, já que o Campeonato Paulista foi encerrado, mas a interdição pode impactar futuras competições.

O Palmeiras segue monitorando os desdobramentos da eleição da CBF e a possível reavaliação da interdição da Arena Barueri. Caso o clube consiga reverter a decisão no STJD, o estádio poderá voltar a receber jogos organizados pela FPF ainda nesta temporada.

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