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A crise política no Corinthians atingiu um novo patamar na noite do último sábado (31 de maio), quando cerca de 50 torcedores invadiram o Parque São Jorge, sede social do clube, em meio à disputa pelo comando da presidência. A confusão só foi controlada após a chegada da Polícia Militar, que precisou intervir para conter o tumulto.
O estopim da confusão
O episódio ocorreu após a conselheira Maria Angela de Souza Campos, aliada do ex-presidente Augusto Melo, anunciar que havia assumido o comando do Conselho Deliberativo e determinado o retorno imediato de Melo à presidência do clube.
A decisão anulava todos os atos do então presidente do Conselho, Romeu Tuma Júnior, desde abril, incluindo a votação do impeachment que afastou Augusto Melo no último dia 26 de maio.
Augusto Melo e apoiadores invadiram o quinto andar do Parque São Jorge, onde fica a sala da presidência, ocupada pelo presidente interino Osmar Stabile. Segundo relatos, Stabile não aceitou a decisão e permaneceu no local, alegando ter sido vítima de invasão, cárcere privado e constrangimento ilegal.
Intervenção policial e registro de ocorrência
Diante da confusão, a Polícia Militar foi acionada e enviou equipes do Batalhão de Choque para controlar a situação.
A PM informou que a sala foi esvaziada sem hostilidades, mas o clima de tensão permaneceu no clube.
O presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, e o ex-diretor de negócios jurídicos, Leonardo Pantaleão, compareceram à Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) para registrar um Boletim de Ocorrência sobre o episódio. Augusto Melo também afirmou que prestaria queixa, alegando ter recebido ameaças.
Reações e acusações de golpe
Após o ocorrido, Romeu Tuma Júnior classificou a ação como uma “tentativa de golpe institucional”, afirmando que o afastamento de Augusto Melo seguiu todas as regras estatutárias e foi convalidado pela Justiça.
Já Augusto Melo, ao deixar o Parque São Jorge, declarou que saiu do local se considerando “presidente do Corinthians”, respaldado por um parecer da Comissão de Ética e pelo apoio de seus aliados no Conselho Deliberativo.
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