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A diretoria do Corinthians enviou um ofício formal à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) questionando a punição aplicada ao Palmeiras pelos gritos homofóbicos direcionados ao atacante Ángel Romero durante o clássico disputado no dia 12 de abril, pela terceira rodada do Brasileirão 2025.
O clube alviverde foi multado em R$ 80 mil, mas não sofreu sanções esportivas, o que gerou inconformismo por parte da diretoria corintiana.
Multa ao Palmeiras e questionamento do Corinthians
O Palmeiras foi punido pelo STJD com uma multa total de R$ 240 mil, incluindo valores referentes ao arremesso de objetos e cânticos homofóbicos contra Romero.
O Corinthians considera a punição branda, especialmente ao comparar com a sanção recebida pelo próprio clube em 2023, quando perdeu um mando de campo por gritos homofóbicos contra jogadores do São Paulo.
No documento enviado à CBF e ao STJD, o Timão expressou preocupação e discordância com os critérios adotados na decisão:
“Esperamos que, no âmbito recursal ou em futuras decisões, a Justiça Desportiva reafirme, com firmeza e coerência, seu compromisso com o combate à discriminação no esporte em todas as suas formas”.
Relembre o caso e a punição ao Corinthians em 2023
Em 2023, o Corinthians foi punido pelo STJD após sua torcida entoar cânticos homofóbicos contra jogadores do São Paulo na Neo Química Arena. Como consequência, o clube teve que disputar um jogo contra o Vasco, em casa, com portões fechados, além de pagar uma multa financeira.
A diretoria alvinegra argumenta que a punição ao Palmeiras deveria seguir o mesmo padrão, incluindo perda de mando de campo, e não apenas uma multa.
Repercussão e posicionamento do Palmeiras
O Palmeiras ainda não se manifestou oficialmente sobre o questionamento do Corinthians, mas acompanha o caso de perto.
O clube alviverde está focado na disputa da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, nos Estados Unidos, onde enfrentará o Porto na estreia.
Internamente, a diretoria palmeirense entende que a multa aplicada pelo STJD já representa uma punição significativa.
Combate à discriminação
O episódio reacende o debate sobre sanções contra atos discriminatórios no futebol brasileiro. Nos últimos anos, o STJD tem endurecido punições contra racismo, homofobia e xenofobia, mas ainda há questionamentos sobre a uniformidade das decisões.
O Corinthians espera que seu protesto gere mudanças nos critérios de julgamento, garantindo que casos semelhantes tenham punições equivalentes. A CBF e o STJD ainda não responderam oficialmente ao ofício enviado pelo clube.
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