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A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o Corinthians por suspeita de sonegação de impostos, após solicitação formal do Ministério Público Federal (MPF). A apuração, que corre sob sigilo, foi instaurada em 30 de abril de 2025, por determinação da Justiça, e tem como base indícios de crimes tributários previstos na Lei 8.137/90, que trata de infrações contra a ordem tributária.
O que está sendo investigado
O MPF suspeita que o clube tenha cometido irregularidades fiscais entre o fim de 2023, ainda sob a gestão de Duilio Monteiro Alves, e o ano de 2024, já com Augusto Melo na presidência. Os detalhes sobre os valores envolvidos e o período exato das supostas infrações não foram divulgados, mas a investigação mira possíveis práticas como:
- Omissão de informações fiscais
- Declarações falsas à Receita Federal
- Fraude em documentos fiscais
- Emissão ou uso de notas fiscais falsas
- Negativa de emissão de documentos obrigatórios
Essas condutas, se comprovadas, podem resultar em penas de dois a cinco anos de reclusão, além de multa.
Posicionamento do Corinthians
Em nota oficial, o departamento jurídico da gestão interina do clube afirmou que tem conhecimento do inquérito e que está adotando as medidas jurídicas cabíveis para esclarecer os questionamentos das autoridades. A diretoria não comentou detalhes do caso, alegando que o processo ainda está em fase inicial.
Prazo e próximos passos
O Ministério Público Federal solicitou que o inquérito seja concluído em até quatro meses, mas o prazo pode ser prorrogado, dependendo da complexidade das diligências. A Polícia Federal deve agora aprofundar a análise de documentos fiscais, movimentações financeiras e contratos firmados pelo clube no período investigado.
Contexto: mais um capítulo da crise institucional
A investigação por sonegação fiscal se soma a outras frentes que envolvem o Corinthians em 2025, como o caso VaideBet, que resultou no indiciamento de Augusto Melo por lavagem de dinheiro, furto qualificado e associação criminosa. Parte dos recursos desviados no contrato de patrocínio com a casa de apostas teria sido usada para quitar dívidas pessoais do ex-presidente, segundo a Polícia Civil.
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