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Corinthians: Comissão de ética oficializa pedido de afastamento de Romeu Tuma Júnior

Imagem: Divulgação

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A crise política no Corinthians ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira (30 de maio), quando a Comissão de Ética do clube protocolou oficialmente o pedido de afastamento de Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo. A solicitação foi formalizada pelo relator do caso, Mário Mello Junior, por meio de um ofício enviado à Secretaria do Corinthians e à Secretaria do Conselho Deliberativo.

Pedido de afastamento

O pedido tem como base uma reunião realizada pela Comissão de Ética em abril, na qual foram discutidas acusações contra Tuma Júnior. A representação foi formulada pelo então presidente do clube, Augusto Melo, em conjunto com o conselheiro Roberto William Miguel, conhecido como Libanês.

Entre as principais alegações estão:

  • Exclusão arbitrária de conselheiros de grupos de discussão oficiais.
  • Declarações depreciativas contra outros membros do Conselho.
  • Postura confrontadora, que, segundo a Comissão, compromete a igualdade entre os conselheiros e fere o direito à liberdade de expressão.
  • Acusações sem comprovação, gerando preocupações com possíveis riscos jurídicos e danos à imagem institucional do clube.
  • Conflito de interesses, que pode comprometer o equilíbrio interno do órgão.

Gestão do Corinthians

A decisão de afastar Romeu Tuma Júnior ocorre em meio a um ambiente político conturbado no Corinthians. Nos últimos meses, o clube enfrentou o impeachment de Augusto Melo, além de denúncias envolvendo a gestão financeira e contratos com patrocinadores.

Desde abril, Tuma Júnior conduziu reuniões importantes do Conselho, incluindo a que reprovou as contas de 2024 e a que determinou o afastamento de Augusto Melo da presidência do clube.

A Comissão de Ética votou pelo afastamento preventivo de Tuma Júnior por três votos a um. O presidente da comissão, Roberson Medeiros, se absteve, já que o estatuto do clube prevê que ele assuma o comando do Conselho Deliberativo na ausência do presidente.

Próximos passos e possível defesa de Tuma Júnior

A defesa de Romeu Tuma Júnior alega que não existe previsão estatutária para seu afastamento e que a punição liminar deveria ser feita pelo plenário do Conselho, não pela Comissão de Ética. Além disso, ele poderá apresentar nova defesa ao longo do processo, incluindo testemunhas e documentos.

A decisão final do órgão ainda precisará ser referendada pelo plenário do Conselho Deliberativo, o que pode definir o futuro de Tuma Júnior no clube.

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