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CBF estuda implementar impedimento semiautomático no Brasileirão a partir de 2026

Foto: Reprodução / La Liga

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está em fase avançada de estudos para implementar o impedimento semiautomático na Série A do Campeonato Brasileiro a partir da temporada 2026. A tecnologia, que ganhou destaque na Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025, foi utilizada no Brasil apenas nas finais do Paulistão 2025, em caráter experimental, e agora pode se tornar padrão nacional.

Como funciona o impedimento semiautomático

O sistema utiliza 12 câmeras especiais instaladas nos estádios para criar uma reprodução tridimensional em tempo real dos lances. A tecnologia identifica automaticamente a posição dos jogadores e da bola, enviando um sinal ao árbitro de vídeo quando há impedimento. A decisão final ainda cabe ao árbitro principal, mas o recurso aumenta a precisão e reduz o tempo de análise, especialmente em jogadas milimétricas.

Custo e cronograma de implementação

A CBF estima que o custo por partida será de aproximadamente R$ 100 mil, valor significativamente superior ao do VAR tradicional, que gira em torno de R$ 20 mil por jogo. A instalação da tecnologia exige adaptações estruturais nos estádios, o que inclui a montagem de câmeras em diferentes ângulos e alturas.

O prazo estimado para a implementação é de quatro a seis meses após a escolha da empresa responsável pelo fornecimento do sistema. A decisão final ainda depende do aval da nova diretoria da CBF, mas o presidente Samir Xaud, recém-eleito, é considerado um entusiasta da modernização da arbitragem.

Histórico e uso internacional

O impedimento semiautomático foi introduzido pela primeira vez na Copa do Mundo do Catar, em 2022, e desde então passou a ser utilizado em competições como a Champions League, Premier League, Supercopa Europeia e Copa do Rei. No Brasil, a Federação Paulista de Futebol (FPF) foi pioneira ao adotar a tecnologia nas finais do Paulistão 2025, com investimento de cerca de R$ 1 milhão.

Repercussão e próximos passos

A boa performance da ferramenta no Mundial de Clubes acelerou o interesse da CBF, que vê na tecnologia uma forma de aumentar a credibilidade da arbitragem e diminuir polêmicas. A expectativa é que, com a aprovação do projeto, o Brasileirão 2026 seja o primeiro campeonato nacional da América do Sul a adotar o sistema de forma integral.

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