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A Série D do Campeonato Brasileiro 2025 enfrenta um impasse que pode deixar a competição sem transmissão oficial. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) condicionou o apoio financeiro e logístico aos clubes participantes à proibição de negociações independentes para a exibição dos jogos. A medida gerou insatisfação entre os times, que dependem do suporte da entidade para disputar a competição, e levantou debates sobre a viabilidade e a visibilidade da quarta divisão do futebol nacional.
O contexto do impasse
A Série D, que reúne 64 clubes de diferentes regiões do Brasil, é conhecida por abrigar equipes tradicionais, como Santa Cruz, Portuguesa e América-RN, além de times com menor estrutura. A competição é marcada por desafios logísticos e financeiros, com os clubes frequentemente enfrentando dificuldades para arcar com os custos de viagens e salários.
Em 2024, a ausência de um acordo para a transmissão oficial levou alguns clubes a negociarem diretamente com plataformas independentes, como o canal Goat, para exibir seus jogos. No entanto, a CBF proibiu essas iniciativas em 2025, sob pena de suspensão do repasse financeiro de R$ 458 mil e do apoio logístico, que inclui passagens aéreas e hospedagem para os times.
A posição da CBF
A CBF argumenta que a medida é necessária para preservar a integridade da competição e garantir uma negociação centralizada com emissoras interessadas na transmissão da Série D. A entidade afirma que segue em conversas com potenciais parceiros, mas até o momento não há um acordo fechado para a exibição dos jogos.
Em nota, a CBF destacou que a proibição de negociações independentes visa evitar conflitos de interesse e assegurar que todos os clubes sejam tratados de forma igualitária.
Leia a íntegra da nota:



A reação dos clubes
Clubes como Treze, Sousa e Santa Cruz, que haviam iniciado negociações com o canal Goat, foram obrigados a suspender os acordos após a determinação da CBF. Em nota oficial, o Treze lamentou a postura da entidade e destacou a importância das transmissões para a sustentabilidade financeira dos times. “Lamentavelmente, é um preço que o Treze não consegue pagar”, afirmou o clube.

A insatisfação é compartilhada por outros participantes da Série D, que dependem do apoio financeiro da CBF para disputar a competição.
A ausência de transmissões oficiais também prejudica a visibilidade dos jogadores, que veem na Série D uma vitrine para alcançar clubes de divisões superiores.
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