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A Polícia Civil de São Paulo negou o pedido da defesa de Augusto Melo, presidente do Corinthians, para adiar o depoimento previsto para esta quarta-feira, às 14h (horário de Brasília), no Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).
O Caso VaideBet investiga possíveis desvios de recursos por meio de empresas fantasmas e contratos fraudulentos. Entre as principais figuras envolvidas está Alex Cassundé, que teria intermediado o acordo entre o Corinthians e a empresa de apostas esportivas. O contrato foi encerrado em 2024, em meio a denúncias de irregularidades.
Investigação avança apesar de tentativa de adiamento
De acordo com a defesa de Augusto Melo, representada pelo advogado Ricardo Cury, o pedido de adiamento foi justificado pela falta de acesso completo ao inquérito policial, considerado essencial para a preparação do depoimento.
O delegado responsável pelo caso, Tiago Fernando Correia, rejeitou a solicitação na segunda-feira, reafirmando a manutenção da audiência. O Ministério Público de São Paulo apoia as investigações, com participação direta do promotor Juliano Atoji.
Segundo fontes, as autoridades acreditam que há elementos suficientes para concluir o inquérito em poucas semanas, mesmo que Augusto Melo não compareça para prestar seu depoimento. Este contexto reforça a importância da oitiva marcada, considerada um ponto central na apuração.
Divergências nos depoimentos de outros envolvidos
Na mesma segunda-feira, Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo do Corinthians, prestou depoimento. De acordo com a apuração, a versão apresentada por ele divergiu significativamente do relato de Alex Cassundé, intermediário do contrato investigado. A defesa de Mariano, liderada pelo advogado Átila Machado, negou qualquer envolvimento com Cassundé e reafirmou a inocência do cliente.
Próximos passos e possíveis desdobramentos
A negativa ao adiamento do depoimento de Augusto Melo reforça o ritmo acelerado das investigações. Caso seja constatada a ausência de elementos que o eximam de responsabilidade, o presidente do Corinthians poderá enfrentar indiciamento por crimes relacionados a lavagem de dinheiro e associação criminosa. A conclusão do inquérito deverá ser apresentada ao Ministério Público para análise e eventual denúncia formal.
O Caso VaideBet lança luz sobre questões de governança e transparência em clubes de futebol, com impactos diretos na imagem do Corinthians.
A resolução do inquérito será um marco importante para determinar responsabilidades e definir possíveis sanções para os envolvidos.
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