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Augusto Melo se defende de contas reprovadas no Corinthians e dispara: “Essa Dívida Não é Minha”

Jose Manoel Idalgo/Agência Corinthians

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O presidente do Corinthians, Augusto Melo, se pronunciou nesta sexta-feira (16 de maio) sobre a reprovação do balanço financeiro do clube referente ao seu primeiro ano de gestão.

Em entrevista coletiva na Neo Química Arena, o mandatário atacou a administração anterior e justificou os números apresentados, alegando que parte da dívida registrada no balanço de 2024 deveria ter sido contabilizada em 2023.

Reprovação das contas e alegações de Augusto Melo

O Conselho Deliberativo do Corinthians reprovou as contas do clube após identificar um déficit de R$ 181,7 milhões e um aumento significativo do passivo total, que chegou a R$ 829 milhões. A diretoria de Augusto Melo, no entanto, contesta a decisão e afirma que R$ 191 milhões desse montante são referentes a contingências herdadas da gestão de Duílio Monteiro Alves.

“Essa dívida não é minha. Não vou pagar por uma dívida que não é minha. Está comprovado por perito, por auditoria independente. Se não, meu superávit também seria em 2024, não só começando 2025. Não é meu, não vou assumir. Meu trabalho foi trazer receitas, equilibrar nossas finanças,” declarou Augusto Melo.

O presidente também ironizou os números divulgados e questionou a origem do aumento do passivo: “Não vou aceitar essa dívida monstruosa. Contratei o Cristiano Ronaldo e o Messi e não estou sabendo? É um absurdo. Abre essas contas (2023). Coloquei as minhas contas nas mãos da Justiça através da RCE. Tudo que se faz, que se paga, que se recebe, a Justiça está à par. Nossos credores, que não tinham esperança mais de receber, estão sorrindo e me agradecendo. Hoje, sabem como vão receber e quando. Eu não vou assumir uma conta que não é minha, eu não gastei isso,” completou.

Crise política e pedidos de impeachment

A reprovação das contas intensificou a crise política no Parque São Jorge. Augusto Melo já enfrenta três pedidos de impeachment, sendo o mais recente protocolado pelo Conselho de Orientação (Cori), que aponta gestão temerária e falta de transparência na administração do clube. Além disso, a principal torcida organizada do Corinthians, Gaviões da Fiel, mudou de postura e declarou que não se oporá a um eventual afastamento do presidente.

O mandatário, por sua vez, segue defendendo sua gestão e afirma que o clube apresentou um superávit de R$ 12 milhões nos primeiros meses de 2025, resultado de um novo modelo de administração financeira.

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