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Parecer da CBF sobre gol polêmico em Vasco x Sport: empurrão é citado, mas falta é descartada

Foto: Paulo Paiva/ Sport Recife

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta segunda-feira (14) o parecer oficial sobre o segundo gol do Vasco na vitória por 3 a 1 contra o Sport, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro 2025. O lance, marcado pelo atacante Pablo Vegetti, gerou polêmica e reclamações por parte dos jogadores e torcedores do Sport, que alegaram falta do atacante sobre o zagueiro Lucas Cunha. Após análise detalhada do Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI), a conclusão foi de que, embora tenha ocorrido um empurrão, o lance é interpretativo e não configurou infração.

O lance e a análise do VAR

O gol de Vegetti aconteceu aos 41 minutos do primeiro tempo, após cruzamento de Nuno Moreira. Durante a disputa pela bola, o atacante do Vasco utilizou o braço direito para buscar espaço, empurrando o defensor do Sport nas costas e resvalando no rosto de Lucas Cunha. O movimento dificultou a impulsão do zagueiro na disputa aérea, gerando reclamações imediatas dos jogadores do Sport.

O árbitro Wilton Pereira Sampaio validou o gol após consulta ao VAR, que sugeriu revisão devido à divisão de opiniões na cabine. Durante a análise, a equipe de arbitragem concentrou-se no contato entre Vegetti e Lucas Cunha na região do quadril, sem considerar o possível impacto do braço no rosto do defensor. Apenas um ângulo foi apresentado ao árbitro durante a checagem no monitor, o que gerou críticas sobre a falta de clareza na revisão.

Parecer técnico da CBF

O parecer do CCEI, formado pelos ex-árbitros Nicola Rizzoli, Néstor Pitana e Sandro Meira Ricci, admitiu que o empurrão dificultou a ação do defensor do Sport, mas concluiu que o lance é interpretativo e não configurou falta. Segundo o documento, caso o cenário fosse inverso, com um defensor cometendo a ação sobre um atacante, a interpretação poderia levar à conclusão de que não houve infração.

“Importante ressaltar que a dinâmica da partida em situações de disputas aéreas na área deve ter critério e uniformidade. Sendo assim, caso essa jogada envolvesse um cenário reverso entre defensor disputando com o atacante, da forma que as imagens reproduzem, a interpretação dos elementos poderia levar a uma conclusão de não infração”, destacou o parecer.

Repercussão e impacto na tabela

A decisão gerou indignação entre os jogadores e torcedores do Sport, que consideraram o lance como determinante para o resultado da partida. Com a vitória, o Vasco chegou à segunda vitória no Brasileirão, somando seis pontos e ocupando provisoriamente a terceira posição na tabela. Já o Sport segue sem vencer na competição, com apenas um ponto em três jogos, na zona de rebaixamento.

O uso do VAR

O caso reacende debates sobre a utilização do VAR e a transparência nas decisões de arbitragem. Enquanto a tecnologia foi implementada para trazer mais precisão aos jogos, episódios como o gol de Vegetti mostram que a interpretação humana ainda desempenha um papel crucial. A falta de múltiplos ângulos na revisão e a ausência de análise do impacto do braço no rosto do defensor levantam questionamentos sobre a eficácia do sistema.

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