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O presidente do Santos Futebol Clube, Marcelo Teixeira, voltou a se posicionar de forma firme contra uma venda precipitada do clube. Em entrevista concedida à Rádio Bandeirantes, o mandatário santista afirmou que o Santos “não tem preço e não está à venda hoje”, mesmo diante das dificuldades financeiras enfrentadas pela instituição, cuja dívida ultrapassa os R$ 977 milhões.
SAF só com valorização e aval dos sócios
Teixeira deixou claro que a eventual transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) não ocorrerá durante seu mandato e que qualquer decisão nesse sentido será submetida ao quadro associativo. Ele criticou o que chamou de “pressão oportunista” por parte de grupos que desejam vender o clube em um momento de baixa.
“Imagina vender como outros fizeram, com valores irrisórios. O caminho do Santos poderia ser igual ou pior. Poderíamos fazer uma SAF rápida e desvalorizar”, declarou o presidente.
Marca forte e incalculável
O dirigente comparou a situação do clube ao mercado de ações, afirmando que vender o Santos agora seria como negociar ações em baixa. Segundo ele, a prioridade é valorizar a marca, que considera uma das mais fortes do futebol mundial:
“É incalculável quanto vale o Santos. O Santos não tem preço hoje. Para virar uma SAF, precisam ser valores que resguardem o direito do clube. O Santos não é clube de balcão de esquina. Tem marca, ídolos, nome, cor, torcida. Uma série de questões a serem respeitadas”.
Processo de avaliação em andamento
Apesar de descartar a venda imediata, o clube iniciou em maio um processo de avaliação da marca e prospecção de investidores, contratando uma corretora especializada. O objetivo, segundo Teixeira, é entender o valor real do clube no mercado e buscar um modelo de negócio próprio, sem abrir mão da identidade santista.
“O Santos faz um trabalho para valorizar a marca. Avaliar o perfil de investidores no mundo. Essa marca é muito forte, não tem preço”, reforçou.
Reação da torcida e cenário político
A fala de Teixeira repercutiu entre torcedores e conselheiros. Parte da torcida vê a SAF como solução para os problemas financeiros, enquanto outra parcela apoia a cautela do presidente. Internamente, o tema divide opiniões, mas a maioria concorda que qualquer negociação deve preservar a história e a autonomia do clube.
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