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Calor vira protagonista no Mundial de Clubes: técnico do Borussia aponta vantagem dos times do Sul e FIFA responde

Reprodução/X

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O forte calor que assola os Estados Unidos durante a Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 deixou de ser apenas um detalhe climático e passou a ser tema central nas entrevistas e debates técnicos do torneio.

Após o empate sem gols entre Borussia Dortmund e Fluminense, o técnico do time alemão, Niko Kovač, fez declarações contundentes sobre o impacto das altas temperaturas no desempenho das equipes europeias, afirmando que os clubes do sul global levam vantagem por estarem mais acostumados com esse tipo de condição.

Neste torneio, vemos que os clubes do sul têm uma grande vantagem por causa das condições, do calor. Não são desculpas, é apenas uma explicação. É muito difícil, principalmente para os europeus. Para os jogadores do sul, é mais fácil porque estão acostumados com essas temperaturas”, afirmou Kovač em entrevista coletiva.

Termômetros em campo: o calor como adversário invisível

As temperaturas durante os jogos têm ultrapassado os 32°C à sombra, com sensação térmica ainda maior dentro dos estádios, especialmente nos horários entre 12h e 16h, quando a maioria das partidas está sendo disputada. O Borussia enfrentará o Mamelodi Sundowns sob esse cenário, e o treinador croata não escondeu a preocupação com o desgaste físico dos atletas.

“Para os espectadores no estádio, está incrivelmente quente. Então você pode imaginar como é difícil para os jogadores. Dentro do estádio, você tem que adicionar 3, 4 ou até 5 graus à temperatura oficial”, completou Kovač.

FIFA se posiciona: saúde dos atletas é prioridade

Diante das críticas, a FIFA emitiu um comunicado oficial reforçando que a saúde dos jogadores e comissões técnicas é a “prioridade no topo”. A entidade máxima do futebol afirmou que sua equipe médica está em contato constante com os clubes participantes e com autoridades locais para monitorar e administrar os efeitos do calor extremo.

Entre as medidas adotadas estão:

  • Pausas para hidratação em cada tempo de jogo;
  • Oficiais médicos presentes em todas as sedes;
  • Substituição extra em caso de prorrogação;
  • Monitoramento contínuo das condições climáticas.

A FIFA também destacou que os clubes foram previamente informados sobre as condições climáticas e que houve tempo para aclimatação antes do início do torneio.

Impacto técnico e tático: quem se adapta melhor?

O calor tem influenciado diretamente o ritmo das partidas. Equipes que tradicionalmente adotam um jogo mais intenso e de alta pressão, como os clubes europeus, têm encontrado dificuldades para manter o padrão físico durante os 90 minutos. Já times sul-americanos e africanos, acostumados a atuar sob temperaturas elevadas, parecem tirar proveito da situação.

O empate entre Borussia e Fluminense, por exemplo, mostrou um time brasileiro mais confortável em campo, com maior volume de jogo e controle da posse de bola, apesar do placar zerado. O próprio Kovač reconheceu a superioridade do adversário em boa parte da partida.

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