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CBF pode ser punida pela FIFA por intermediação irregular em contrato de Ancelotti

Foto: Reprodução/Redes sociais

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está sob investigação da FIFA devido à contratação do técnico Carlo Ancelotti, que contou com a intermediação do empresário Diego Fernandes, sem registro oficial como agente de futebol.

A entidade máxima do futebol mundial notificou a CBF e solicitou esclarecimentos sobre o pagamento de uma comissão de 1,2 milhão de euros (cerca de R$ 7,6 milhões) ao intermediário, o que pode resultar em sanções à confederação brasileira.

Intermediação irregular e violação de regulamentos

De acordo com as normas da FIFA, apenas agentes credenciados podem atuar em negociações envolvendo jogadores e treinadores. Fernandes, no entanto, não possui registro oficial e ainda busca regularização para receber o montante acordado pela intermediação. A CBF, por sua vez, ignorou seu próprio regulamento ao permitir que um intermediário sem vínculo formal conduzisse a negociação.

A contratação de Ancelotti foi realizada sob a gestão do ex-presidente Ednaldo Rodrigues, que assinou o contrato com Fernandes antes de ser destituído do cargo. A nova administração, liderada por Samir Xaud, está avaliando internamente a situação e busca uma defesa jurídica para evitar punições da FIFA.

FIFA notifica CBF e exige explicações

A FIFA enviou um documento oficial à CBF solicitando detalhes sobre o papel de Fernandes na negociação, incluindo cópias de pagamentos efetuados, mensagens trocadas entre as partes e qualquer acordo firmado entre a entidade e o empresário. A confederação brasileira respondeu afirmando que os termos do contrato foram elaborados pela gestão anterior e que está analisando o caso internamente.

Possíveis consequências e defesa da CBF

Caso a FIFA determine que houve irregularidade na intermediação, a CBF pode ser multada e sofrer sanções administrativas. A entidade já avalia estratégias para contestar o pagamento da comissão e minimizar os impactos da investigação.

Fernandes, por sua vez, declarou que atuou como consultor devido ao curto prazo da negociação e que buscará registro oficial para receber o valor acordado. Ele afirma que o contrato firmado com a CBF “respeita rigorosamente todas as normativas da FIFA e da CBF”, mas especialistas apontam que a operação pode configurar violação do regulamento de agentes de futebol.

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