Compartilhe
O volante Damián Bobadilla, do São Paulo, foi intimado pela Polícia Civil a prestar depoimento na próxima sexta-feira (30 de maio) após ser acusado de xenofobia pelo lateral-esquerdo Miguel Navarro, do Talleres, durante o jogo entre as equipes pela Copa Libertadores.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), e o atleta pode enfrentar sanções severas, tanto na esfera criminal quanto esportiva.
O caso e a acusação de xenofobia
A polêmica começou após o segundo gol do São Paulo, marcado por Luciano, aos 41 minutos do segundo tempo. Durante a comemoração, Navarro e Bobadilla discutiram, e o jogador do Talleres alegou ter sido chamado de “venezuelano morto de fome” pelo adversário.
Navarro ficou visivelmente abalado, chorou em campo e ameaçou deixar a partida. O árbitro Piero Maza, do Chile, foi informado sobre a acusação, mas não acionou o protocolo da FIFA para casos de discriminação.
Após o apito final, Navarro registrou um boletim de ocorrência no posto da Polícia Militar dentro do estádio Morumbis, e a denúncia foi encaminhada para a Polícia Civil.
Investigação e intimação de Bobadilla
O delegado Rodrigo Corrêa, responsável pelo caso, confirmou que Bobadilla foi intimado e deverá comparecer à delegacia na sexta-feira para prestar esclarecimentos.
“O crime investigado é grave e inafiançável. Pretendemos ouvi-lo para entender a situação e confrontar sua versão com as demais que já constam no inquérito instaurado”, afirmou Corrêa.
A Polícia Civil já ouviu Navarro, além de testemunhas e do árbitro da partida. No entanto, Maza declarou que “não escutou nenhuma ofensa xenofóbica”, o que pode impactar o andamento da investigação.
Reação de Bobadilla e possíveis consequências
Bobadilla se pronunciou sobre o caso em um vídeo publicado nas redes sociais, onde pediu desculpas e afirmou que “reagiu mal” no calor do momento.
Caso seja condenado, Bobadilla pode enfrentar de dois a cinco anos de prisão por injúria racial, além de uma possível suspensão de quatro meses de todas as competições organizadas pela Conmebol, conforme prevê o regulamento da entidade.
Publicar comentário