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A vitória do São Paulo sobre o Talleres por 2 a 1, na noite desta terça-feira (27 de maio), pela Copa Libertadores, ficou marcada por uma grave acusação de xenofobia. O lateral-esquerdo Miguel Navarro, do clube argentino, afirmou ter sido alvo de insultos discriminatórios por parte do volante Damián Bobadilla, do Tricolor Paulista. O caso gerou grande repercussão e pode resultar em punições severas ao jogador brasileiro.
O que aconteceu?
A confusão começou logo após o segundo gol do São Paulo, marcado por Luciano, aos 41 minutos do segundo tempo. Durante a comemoração, Navarro e Bobadilla discutiram, e o venezuelano alegou ter sido chamado de “venezuelano morto de fome” pelo adversário. O lateral do Talleres ficou visivelmente abalado, chorou em campo e ameaçou deixar a partida.
O árbitro Piero Maza, do Chile, foi informado sobre a acusação, mas não acionou o protocolo da FIFA para casos de discriminação. O jogo ficou paralisado por cerca de oito minutos, enquanto Navarro era consolado por companheiros e até por jogadores do São Paulo, como Robert Arboleda e Nahuel Ferraresi, que também demonstraram apoio ao atleta argentino.
Possíveis consequências e investigação
A Polícia Militar de São Paulo foi acionada e esteve no vestiário do São Paulo após o jogo, mas Bobadilla já havia deixado o estádio. O atleta pode ser chamado para prestar depoimento na Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE).
Além da investigação policial, a Conmebol pode abrir um processo disciplinar contra Bobadilla, que pode resultar em suspensão e até multa ao jogador e ao São Paulo. Em casos anteriores, a entidade já puniu atletas por atos discriminatórios, como ocorreu com Pablo Cepellini, do Alianza Lima, que foi suspenso por quatro meses após chamar um adversário de “boliviano” de forma pejorativa.
Reação de Navarro e Talleres
Após o apito final, Navarro comentou o ocorrido:
O Talleres publicou uma nota oficial repudiando o ato e expressando solidariedade ao atleta:
“Nos solidarizamos profundamente com Miguel e sua família neste momento. Nos manifestamos contra qualquer forma de discriminação. Não há lugar para ódio no futebol”, declarou o clube argentino.
Bobadilla se manifesta e pede desculpas
Horas após o jogo, Damián Bobadilla se pronunciou sobre o caso e admitiu que “reagiu mal”, pedindo desculpas publicamente:
A Torcida Independente se manifestou através de uma nota no Instagram sobre o caso do Bobadilla:
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