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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou na noite deste domingo (25 de maio) os áudios do VAR referentes aos dois pênaltis marcados na vitória do Flamengo por 2 a 0 sobre o Palmeiras, no Allianz Parque, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro.
As decisões da arbitragem geraram grande repercussão, especialmente o lance envolvendo Giorgian De Arrascaeta, que sofreu a penalidade convertida pelo Rubro-Negro.
Primeiro pênalti: toque de mão de Varela
O primeiro lance polêmico ocorreu aos 10 minutos do primeiro tempo, quando o árbitro Ramon Abatti Abel marcou um toque de mão de Guillermo Varela, do Flamengo, dentro da área, após cruzamento de Facundo Torres. O VAR, liderado por Wagner Reway, recomendou revisão, alegando que o toque poderia ter ocorrido fora da área.
Apesar da recomendação, Abatti Abel manteve sua decisão de campo, confirmando o pênalti para o Palmeiras. Na cobrança, Piquerez bateu, mas Agustín Rossi defendeu, evitando o gol alviverde.
Segundo pênalti: Murilo derruba Arrascaeta
O segundo lance polêmico aconteceu aos 21 minutos do segundo tempo, quando Murilo, do Palmeiras, derrubou Arrascaeta dentro da área. Inicialmente, o árbitro deixou o jogo seguir, mas foi chamado pelo VAR para revisar a jogada.
No áudio, Reway explica sua recomendação: “O defensor fez movimento claro com o braço. Abatti, recomendo revisão para possível penal.”
Após rever as imagens, Abatti Abel concordou com a análise do VAR e marcou o pênalti para o Flamengo. Arrascaeta converteu a cobrança e abriu o placar para o Rubro-Negro.
Repercussão e protestos
A arbitragem foi pauta no pós-jogo, com críticas de ambos os lados.
O goleiro Weverton, do Palmeiras critica VAR do Brasil: “Todo fim de semana alguém é beneficiado, ou alguém é prejudicado”
O auxiliar de Abel Ferreira, João Martins, detonou o VAR e a arbitragem brasileira em entrevista coletiva, enquanto o técnico Filipe Luís, do Flamengo, preferiu não opinar sobre os lances.
O diretor do Flamengo, José Boto, criticou a postura do Palmeiras em relação à arbitragem, alegando que um dirigente do clube paulista teria invadido o vestiário dos árbitros após o jogo.
A resposta do Palmeiras veio rapidamente. Anderson Barros, diretor de futebol do clube, negou qualquer invasão e classificou a fala de Boto como uma mentira: “Se o Boto falou isso, ele é mentiroso. E vou falar isso diretamente para ele. Mentiroso!”.
Apesar da acusação de Boto, o árbitro Ramon Abatti Abel não registrou qualquer problema na súmula da partida. Segundo o documento oficial, “não houve nada de anormal no jogo”, o que contradiz a versão do dirigente flamenguista.
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