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Caso VaideBet: Augusto Melo, presidente do Corinthians e ex-dirigentes são indiciados pela Polícia Civil

Agência Corinthians

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O presidente do Corinthians, Augusto Melo, foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo nesta quinta-feira (22 de maio) pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro, relacionados ao contrato de patrocínio firmado entre o clube e a casa de apostas VaideBet2. Além do mandatário alvinegro, também foram indiciados Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo, Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing, e Alex Cassundé, intermediário do acordo entre o clube e a empresa de apostas.

Investigação e acusações

O inquérito policial, conduzido pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), revelou que parte dos valores pagos pelo Corinthians à empresa Rede Social Media Design LTDA, pertencente a Alex Cassundé, foram posteriormente transferidos para uma empresa fantasma, chegando a contas vinculadas ao crime organizado.

Segundo o relatório assinado pelo delegado Tiago Fernando Correia, Cassundé realizou uma transferência de R$ 580 mil para a empresa Neoway Soluções Integradas, no dia 25 de março de 2024, mesma data em que esteve presente no Parque São Jorge, sede do Corinthians.

O contrato de patrocínio entre o Corinthians e a VaideBet, firmado em 7 de janeiro de 2024, previa um investimento de R$ 370 milhões ao longo de três anos. No entanto, as investigações apontam que 7% do valor total do acordo (cerca de R$ 25,2 milhões) seriam destinados à intermediação do contrato, com pagamentos mensais de R$ 700 mil à empresa de Cassundé.

Possível impeachment

O indiciamento de Augusto Melo aumenta ainda mais a pressão nos bastidores do Corinthians. O Conselho Deliberativo do clube se reunirá na próxima segunda-feira (26 de maio) para votar o impeachment do presidente, que já enfrenta três pedidos de destituição.

Caso a maioria simples dos conselheiros aprove o impeachment, Augusto Melo será afastado imediatamente, e o cargo será assumido temporariamente pelo vice-presidente Osmar Stabile2. Se o Conselho aprovar a destituição, o caso será levado à Assembleia Geral dos Sócios, que decidirá se o presidente será removido definitivamente do cargo.

Defesa de Augusto Melo e próximos passos

Em entrevista recente, Augusto Melo negou qualquer envolvimento no esquema e afirmou que não renunciará ao cargo, mesmo após o indiciamento.

“Jamais vou renunciar, primeiro porque não tenho nada a ver com isso. Estou aqui em prol do Corinthians, não preciso do Corinthians. Nunca sentei com ninguém, nunca discuto nada sozinho,” declarou o presidente corintiano.

Agora, o caso segue para o Ministério Público de São Paulo, que analisará o inquérito e decidirá se oferecerá denúncia formal contra os indiciados. Se a denúncia for aceita, Augusto Melo, Marcelo Mariano, Sérgio Moura e Alex Cassundé se tornarão réus em processo penal, podendo enfrentar penas de prisão caso sejam condenados.

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