Foto: Reprodução / Redes Sociais
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O ex-jogador Ronaldo Fenômeno voltou a criticar o modelo de gestão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o processo eleitoral da entidade. Durante uma entrevista à TV Bandeirantes, o pentacampeão mundial lamentou a falta de mudanças estruturais e afirmou que, enquanto o poder estiver concentrado nas mãos das 27 federações estaduais, o futebol brasileiro não terá reformas significativas.
Críticas ao estatuto e à estrutura da CBF
Ronaldo, que chegou a cogitar uma candidatura à presidência da CBF no início do ano, desistiu da disputa após enfrentar resistência das federações estaduais. Segundo ele, 23 das 27 federações se recusaram a recebê-lo, alegando que estavam satisfeitas com a gestão de Ednaldo Rodrigues, que acabou sendo afastado por decisão judicial.
“Não é novidade para ninguém. O que está acontecendo agora já aconteceu outras vezes. A gente vive um momento terrível, mas o mais impressionante é que a gente não vê uma luz no fim do túnel. Enquanto o estatuto da CBF for esse que é agora, que o poder fica na mão dos 27 presidentes de federações, essa palhaçada vai continuar. Não tem nenhuma chance de reforma no futebol brasileiro. Eu diria que muda a página, mas o livro é o mesmo, é tudo farinha do mesmo saco,” declarou Ronaldo.
Eleições na CBF e mudança de comando
A eleição para a presidência da CBF está marcada para o dia 25 de maio, após o afastamento de Ednaldo Rodrigues por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). O interventor Fernando Sarney foi nomeado para conduzir o processo eleitoral e garantir a transição de poder na entidade.
Dois candidatos despontam como favoritos na disputa: Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), e Samir Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol (FRF). Ambos buscam apoio entre clubes e federações para viabilizar suas candidaturas.
Ronaldo defende reforma urgente
Para Ronaldo, a única solução para o futebol brasileiro é uma reforma profunda no estatuto da CBF, que reduza o poder das federações e amplie a participação dos clubes na tomada de decisões. O ex-jogador acredita que, sem essa mudança, o cenário continuará o mesmo, com disputas políticas e falta de transparência na gestão da entidade.
“O futebol brasileiro tem um potencial tão grande, com talentos, jogadores… bastaria apenas uma reforma importante para que a gente pudesse ter esperança de títulos novamente e reconectar a seleção ao torcedor,” afirmou o Fenômeno.
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