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O empate sem gols entre Fortaleza e Sport, ocorrido ontem na Ilha do Retiro, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, foi marcado por uma polêmica que reacendeu debates sobre a eficiência do VAR (árbitro assistente de vídeo) e a tecnologia no futebol brasileiro. O lance que gerou controvérsia aconteceu aos 29 minutos do segundo tempo, quando Yago Pikachu, jogador do Fortaleza, finalizou para o gol. A bola bateu no travessão e aparentou ultrapassar completamente a linha, mas o árbitro Matheus Delgado Candançan optou por anular o gol após uma longa revisão de oito minutos no VAR.
A decisão gerou revolta entre jogadores, dirigentes e torcedores do Fortaleza. O clube cearense publicou uma nota oficial em suas redes sociais classificando o erro como “inaceitável” e criticando a falta de tecnologia avançada, como o uso de bolas com chip, que poderiam evitar situações como essa. O capitão do Fortaleza, Tinga, também se manifestou, destacando que o futebol brasileiro está “muito atrás” em relação a outros países, onde o uso de tecnologia é mais eficiente e rápido.
Fortaleza indignado com lance
Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, expressou sua indignação, afirmando que “todo mundo viu que foi gol” e criticando a falta de câmeras exclusivas para lances decisivos.
A repercussão do caso foi ampla, com especialistas e comentaristas esportivos apontando falhas na infraestrutura tecnológica do Campeonato Brasileiro. A ausência de recursos como o “goal-line technology”, amplamente utilizado em competições internacionais, foi um dos pontos mais criticados. Além disso, a demora na revisão do lance pelo VAR levantou questionamentos sobre a eficiência do sistema e a preparação dos árbitros para lidar com situações de alta pressão.
O Fortaleza, que ocupa a 14ª posição na tabela, com apenas seis pontos, enfrenta um momento delicado na competição, acumulando cinco jogos sem vitória. A polêmica do gol anulado não apenas prejudicou o clube em termos de pontuação, mas também trouxe à tona discussões sobre a necessidade de modernização e profissionalização da arbitragem no Brasil.
Enquanto isso, a CBF segue sob pressão para implementar melhorias no VAR e na tecnologia disponível para os árbitros. A entidade ainda não se pronunciou oficialmente sobre possíveis mudanças no sistema, mas a polêmica do gol anulado do Fortaleza certamente será um marco nas discussões sobre o futuro do futebol brasileiro.
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